Fonte: Revista Informationweek, julho de 2009, Nr.217
Autor do artigo: Edgar D´Andrea - Pricewatercoopers.
As redes sociais se tornaram um verdadeiro tesouro para as organizações. Muitas se utilizam para obter informações públicas não-estruturadas sobre seus produtos e serviços sobre percepções e reclamações de clientes ou mesmo para agrupar comunidades de interesse. Considerada por muitos uma oportunidade, estas redes estão cada vez mais presentes em projetos corporativos de inovação, de análise de mercado, de desenvolvimento de novos produtos e serviços, de expansão de canais de relacionamento, de inteligência competitiva e, até mesmo, de background check.
No entanto, fique alerta: onde há oportunidade, há risco. E, nesse caso, os riscos estão relacionados a vazamento de informações, danos à reputação empresarial, perda de propriedade intelectual, danos morais, perda de tempo, custo com investigações e contramedidas e degradação ou indisponibilidade de sistemas.
As redes sociais servem para estimular relacionamentos, permitindo o compartilhamento de idéias e informações entre pessoas com objetivos e valores comuns. Seu uso corporativo direciona-se, por exemplo, ao garimpo de informação não-estruturada a respeito de produtos, consumidores, fornecedores ou competidores. Os dados obtidos são estruturados e analisados segundo interesses específicos. Isto pode revelar críticas aos serviços ou produtos da empresa, à embalagem, à central de atendimento, entre outros. A captura rápida diminui o tempo de se introduzir as melhorias necessárias nos produtos. Garimpar e estruturar informação requer baixa interatividade com os integrantes da rede. Por isso, é comum contratar terceiros para a tarefa.
Outra aplicação empresarial é a formação de grupos de interesse comum, cuja finalidade é criar formas alternativas para os canais tradicionais de relacionamento com o cliente e a força de venda e com os grupos de inovação e desenvolvimento de novos produtos. Esta aplicação pressupõe muita troca de informação, o que significa uso intenso nas empresas de redes sociais públicas como Orkut, Facebook, MySpace, LinkedIn e Plaxo. Na perspectiva de risco, blogs e redes sociais são meios que facilitam o vazamento de inormações, pois o conteúdo postado é difícil de ser corrigido ou removido. Além disso, a informação da empresa fica disponível publicamente e pode ser armazenada e acessada em qualquer parte do mundo, vista ou enviada para concorrentes, publicadas pela imprensa ou até mesmo vendida.
O registro de um usuário em uma rede social a partir de um computador da empresa pode ser interpretado como se ele estivesse agindo em nome da empresa. Desta forma, a responsabilidade pelos conteúdos ou comentários publicados pelos usuários recai na empresa. Há diversas comunidades compostas por funcionários ou ex-funcionários, as quais, muitas vezes, se utilizam da logomarca e identidade visual da própria empresa.
As pessoas costumam publicar dados pessoais e profissionais, como endereço, telefone e e-mail. Tais informações se tornam (quase) públicas e podem cair nas mãos de criminosos interessados em roubo de identidades. Defendido pelos executivos das áreas de inovação, de novos produtos e de relacionamento comercial e temido pelos executivos das áreas de inovação, de novos produtos e de relacionamento comercial e temido pelos xecutivos das áreas de segurança da infomação e controles, o uso das redes sociais é uma realidade nas organizações. O desafio está em encontrar o equilíbrio entre permitir o uso das redes sociais e proteger a empresa dos riscos associados.
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domingo, 3 de outubro de 2010
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